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Informações Gerais

O transplante de córnea consiste em uma cirurgia realizada para transferir tecido corneano saudável de um doador para um paciente com córnea anormal. Pode ser indicado em casos de doenças da córnea, como Ceratocone, Ceratopatia Bolhosa, degenerações e distrofias, além de cicatrizes, perfurações e infecções da córnea. A recuperação, os cuidados e os riscos dependem do tipo de transplante de córnea realizado.

Para avaliar a necessidade de um transplante de córnea, é necessário antes passar por uma consulta com um médico oftalmologista especialista em córnea. Devido à complexidade do procedimento, geralmente só é indicado quando não existem outros tratamentos menos invasivos disponíveis.

Em caso positivo de indicação de transplante de córnea após a avaliação médica, o paciente poderá ser inscrito na fila de uma Central Estadual de Transplantes através de um especialista previamente cadastrado em uma equipe transplantadora. O paciente deverá aguardar na fila, que é única, com variação no tempo de espera de acordo com o local em que foi inscrito pela doação de uma córnea que atenda às necessidades do paciente.

O Transplante de córnea pode proporcionar uma melhor qualidade de vida. A cirurgia apresenta alta porcentagem de sucesso. Normalmente, varia entre 80 e 90% de sucesso em situações não complicadas (de acordo com estatísticas mundiais). Em casos complicados, a taxa de sucesso pode diminuir, dependendo da complexidade e da patologia. A boa qualidade da córnea doada e a adequada manutenção do enxerto até sua utilização são de fundamental importância para um bom prognóstico visual final.
Após o transplante, pode levar meses para a visão atingir seu potencial, mas algumas semanas depois o paciente já poderá perceber melhora. Geralmente não há dor após a cirurgia, sendo comum que alguns pacientes relatem sensibilidade à luz e sensação de areia nos olhos. No pós-operatório o paciente deverá usar comprimidos e colírios antibióticos e anti-inflamatórios, conforme prescrição médica. Em casos especiais pode ser necessário anti-hipertensivo ocular. Deve-se evitar esforço físico, piscinas no período de cicatrização e dormir do lado contralateral ao olho operado.
As consultas periódicas de acompanhamento são obrigatórias. Além disso, para um bom resultado, é primordial fazer uso dos medicamentos e manter uma boa higiene do rosto. Provavelmente haverá uma mudança na prescrição dos óculos em algum momento após a cirurgia.

As principais complicações de um transplante de córnea são a falência e a rejeição. Na falência primária, a córnea transplantada nunca recupera sua transparência. Neste caso, deve ser feita outra cirurgia. Na rejeição, a córnea apresenta bom funcionamento inicial e, algum tempo depois, o paciente pode apresentar diminuição da visão e vermelhidão ocular, além de fotofobia e dor. O diagnóstico e o tratamento precoces são importantes para a recuperação. Qualquer dúvida, procure atendimento oftalmológico.