- Médico do BOS – HOS faz o alerta para que pessoas estejam atentas, desde os primeiros sintomas de infecção ocular. E lembra que, independentemente de a infecção pandêmica estar ou não associada ao quadro, o período de 14 dias de isolamento deve ser respeitado.
Em tempos de pandemia, é preciso estar atento a todos os sinais de alterações no organismo. Os olhos, por exemplo, são uma das principais portas de entrada do novo Coronavírus, responsável pela manifestação da COVID-19. O contágio pode ocorrer, por exemplo, a partir do contato com a lágrima de alguém infectado. A conjuntivite acaba acometendo uma média de 1% e 3% das pessoas com a doença, sendo que, em muitos casos, esse é o primeiro sintoma desse mal. O dado é da Academia Americana de Oftalmologia (AAO).
Segundo estudos que apresentam relatos de pacientes, na Itália e no Canadá, também existe a possibilidade de a infecção pelo Coronavírus ter apresentação única e exclusivamente ocular. Na maioria dos casos, pessoas com esse tipo de infecção apresentam hiperemia (olhos vermelhos), epífora (lacrimejamento involuntário) e conjuntivite também associadas a outros sintomas, como tosse, febre, secreção nasal e problemas respiratórios. No entanto, há casos em que os únicos sintomas estão relacionados aos olhos.
É muito importante estar atento a esses sinais, porque os olhos, especialmente a partir das lágrimas, se tornam vetores de contaminação a outras pessoas. “Então, se a pessoa com conjuntivite está com alguma secreção ocular, precisa ser tratada com cuidado, principalmente nesta época de pandemia, quando não podemos excluir a possibilidade de estar com a COVID-19”, afirma Dr. Gabriel Zatti, médico oftalmologista e diretor clínico do Banco de Olhos de Sorocaba (BOS) – Hospital Oftalmológico de Sorocaba (HOS). A higienização, obviamente, é recomendada em qualquer caso de conjuntivite, devendo-se lavar bem e com frequência as mãos, além de evitar tocar os olhos, em caso de lacrimejamento e coceira. “O que acontece é que a maioria das pessoas, na sua ingenuidade, acha que pode permanecer perto da família, trabalhar ou fazer compras, enfim, se relacionar normalmente com as outras pessoas, sem imaginar que possa também estar com Coronavírus. O alerta, então, é esse: se surgir qualquer sintoma ocular, especialmente nesta época de pandemia, é bom não descartar essa possibilidade de diagnóstico”, adverte o especialista.
Sintomas e testagem
Nem sempre será simples recorrer à testagem para a COVID-19, inclusive pelo fato de os casos de conjuntivite serem numerosos. Mas, se houver sintomas respiratórios associados, é válido e muito importante realizar a testagem. A conjuntivite infecciosa, ainda que não se tenha certeza de estar associada à doença, requer afastamento do trabalho por 14 dias, de qualquer forma. E o médico oftalmologista do BOS – HOS observa, pelo menos, um aspecto positivo na mudança de comportamento das pessoas durante a pandemia. A seu ver, passaram a levar mais a sério a questão das infecções, desde as respiratórias, rinites e gripes até as oculares. “Antes não se parava o convívio. As pessoas continuavam indo trabalhar, usando transporte público, não usavam máscaras. Nossa rotina era de muito pouco cuidado e respeito com o outro nessas situações. Agora, com o distanciamento social e mais cuidados sanitários, sabemos que isso fará com que os vírus e as bactérias se espalhem menos, ajudando a manter a saúde coletiva da população”, conclui Dr. Gabriel Zatti.
Mais informações podem ser obtidas pelo site: www.bos.org.br ou telefone: (15) 3212-7000. O Banco de Olhos de Sorocaba e o Hospital Oftalmológico de Sorocaba estão localizados na Praça Nabek Shiroma, 210, Jardim Emília, em Sorocaba (SP).
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