Banco de Olhos de Sorocaba (BOS) tem baixa procura de pacientes para avaliação de transplante de córneas

Em 2021, BOS zerou a fila de espera para avaliação de transplante de córnea; atualmente, capacidade do hospital é de realizar mais de 300 transplantes por mês

 

Quando a pandemia de COVID-19 teve início, o BOS tinha mais de 3 mil pedidos de avaliação em espera, número que continuou a aumentar após um período crítico de suspensão de captação de córneas e transplantes e que só foi zerado depois da implantação do sistema de telemedicina para agilizar o atendimento e encaminhamento desses casos.

“Com a criação de protocolos de segurança, conseguimos reverter a situação e, inclusive, em 2021 batemos recorde no número de cirurgias realizadas, com 2.268 transplantes no total. A implantação da telemedicina em junho de 2020 também conseguiu manter a triagem inicial de assistência a esses pacientes, porém, no momento, muitos pacientes não estão conseguindo comparecer ao BOS devido à pandemia”, explica o superintendente do grupo BOS, Edil Vidal de Souza.

Como atualmente não há fila de espera para avaliação inicial de transplantes, ou seja, o paciente entra em contato e já é agendado, o superintendente esclarece que essa situação pode impactar nas equipes médicas e na estrutura para essas cirurgias do hospital de Sorocaba, que poderão ficar ociosas nos próximos meses como consequência dessa baixa procura pela avaliação para a cirurgia. Por isso é tão importante que pacientes de todas as localidades façam o agendamento e passem pela avaliação prévia para receber o transplante. 

O BOS é o maior centro de transplantes da América Latina e oferece uma estrutura diferenciada de atendimento para o transplante de córneas, com Pronto Socorro 24 horas, tecnologia de última geração e equipe especializada, com mais de 50 médicos especialistas disponíveis, além de um serviço exclusivo de teleatendimento para auxiliar os pacientes que residem em locais mais distantes.

Pelo SUS, o BOS pode atender pacientes de todo Brasil. O cadastro para avaliação do transplante de córneas pode ser feito pelo celular, por meio do aplicativo disponível nas lojas Google Play e Apple Store, procurando por “Banco de Olhos de Sorocaba”. Caso não seja possível baixar o App do BOS, basta acessar o site: https://app.bos.org.br – Pacientes e fazer o cadastro, porém, algumas funcionalidades de interação no atendimento só existem no App. Para convênios e particulares, a solicitação para avaliação  pode ser feita pelo whatsapp (15) 3212-7040

Número de pacientes na fila de avaliação para transplante de córneas

2019: 1.940

2020: 2.300

2021: fila de espera zerada para avalição

 

Número de transplantes realizados

2019: 2.137

2020: 1.055

2021: 2.268 (recorde)

 

O Banco de Olhos de Sorocaba (BOS) e o Hospital Oftalmológico de Sorocaba (HOS) ficam localizados na Rua Nabek Shiroma, 210, no Jardim Emília. Mais informações podem ser obtidas pelo site: www.bos.org.br ou pelo telefone: (15) 3212-7000. 

Médica especialista em uveíte do BOS alerta sobre o perigo desta doença, em especial para gestantes

  • Doença pode levar à baixa de visão importante em recém-nascidos e, em alguns casos, pode causar aborto; principal causa da uveíte é a toxoplasmose, que tem altos índices de diagnóstico no Brasil

 

A adoção de hábitos alimentares mais saudáveis pelos brasileiros, em especial nos últimos 20 anos, com o consumo de legumes e vegetais crus, por exemplo, teve um impacto significativo no número de casos de toxoplasmose relatados no país. 

Como consequência, houve um aumento no número de casos de uveíte, uma inflamação ocular que pode ocorrer em qualquer fase da vida e que pode levar a alguns sintomas inespecíficos como vermelhidão, dor e sensibilidade à luz. 

“Muitas vezes o paciente procura um oftalmologista reclamando não somente desses sintomas, mas também de manchinhas no olho e “moscas volantes” (manchas escuras que aparecem no campo de visão e que podem assumir diferentes formas), o que pode configurar um quadro de uveíte”, explica a Dra. Vivian Cristina Costa Afonso, especialista em uveíte e responsável pelo ambulatório de uveíte do SUS no Hospital Oftalmológico de Sorocaba (BOS).

A médica esclarece que, no Brasil, a principal causa de uveíte é a toxoplasmose e que, por ser uma doença de períodos de melhora e piora, se não for tratada, pode levar à baixa de visão importante. 

“A causa mais frequente de uveíte que observamos no ambulatório, tanto de convênio particular quanto no SUS, ainda é a toxoplasmose. Porém, além do aumento de casos de toxoplasmose observado nos últimos anos, tivemos um aumento tão importante e significativo de outras doenças, como por exemplo a sífilis, que também pode acometer o olho e levar à baixa de visão importante”, afirma a Dra. Vivian.

Gestantes devem ter um cuidado redobrado com essa doença, explica a médica especialista, justamente por se tratar de pacientes imunodeprimidas (que estão com o sistema de defesa do organismo enfraquecido) durante a gestação e, por isso, ingerir água ou alimentos contaminados pela toxoplasmose durante esse período pode levar ao diagnóstico de uveíte, que pode ser transmitida ao bebê e acometer a área central da visão. Nestas situações, o bebê pode nascer com cicatrizes, com lesões na área central da visão, o que leva à baixa da visão. 

“Se a contaminação ocorrer durante o primeiro trimestre da gestação, muitas vezes a gestante pode sofrer um aborto. Nas fases mais tardias da gestação, o bebê pode nascer com microcefalia, com alterações oftalmológicas e pode ter uma cicatriz macular congênita, que faz com que ele perca a visão central e tenha baixa de acuidade visual.

Pode acometer um olho ou os dois, daí a importância de não contrair a toxoplasmose durante a gestação, pois é muito perigoso para o feto, ele pode nascer com má formação”, esclarece a Dra. Vivian. 

O BOS oferece um atendimento multidisciplinar à gestante que, além do oftalmologista, será acompanhada por obstetra e pediatra. “Se a gestante tiver qualquer sinal de toxoplasmose, ela pode procurar o Hospital Oftalmológico de Sorocaba, que é aberto 24 horas todos os dias, onde ela será tratada e acompanhada”, explica a médica.

“A toxoplasmose é realmente uma doença muito comum no nosso meio e tivemos alguns anos atrás alguns surtos da doença no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e em São Paulo, na região Sul em geral. Então, precisamos ficar atentos, em especial por ser uma doença da qual não se fala muito”, finaliza a Dra. Vivian. 

 

QUADROS

Como se transmite a toxoplasmose?

A toxoplasmose se transmite principalmente pela ingestão de água contaminada. Esse ainda é o principal meio de contágio da doença atualmente. Mas pode ocorrer o contágio através da comida, com a ingestão de vegetais mal higienizados, carne contaminada, como coração de galinha, carne de carneiro e cordeiro, que devem ser bem cozidos ou pré-congelados. Por isso, é importante sempre beber água filtrada ou água mineral, lavar muito bem os alimentos antes de consumí-los, verificar a procedência da carne e alguns alimentos e, se possível, evitá-los. 

 

Como prevenir a toxoplasmose?

– Consumir apenas carnes bem cozidas; 

– Lavar bem frutas e legumes; 

– De preferência, congelar carnes por 3 dias a 15 graus negativos; 

– Lavar as mãos regularmente, sobretudo depois de manipular alimentos e antes das refeições; 

– Evitar contato com areia de gato, lavar bem as mãos após esse procedimento, sendo que a gestante não deve ter contato com areia de gato; 

– Manter o gato bem alimentado e sem acesso à rua para ele não sair caçar e não se contaminar pela toxoplasmose; 

– Tomar cuidado e evitar acariciar cães que andem soltos pela rua; 

– Ter controle de ratos e insetos e sempre lavar bem as mãos e as unhas após trabalhar com terra, horta ou jardim. 

 

PRINCIPAIS SINTOMAS DA TOXOPLASMOSE NAS GESTANTES E NOS BEBÊS

Nas Gestantes: 

– Vermelhidão no olho; 

– Baixa de visão;

– Desconforto visual;

– Febre; 

– Gânglios aumentados;

– Aumento de fígado e de baço

 

Nos bebês:

– Alteração ocular; 

– Hidrocefalia; 

– Microcefalia; 

– Retardo mental; 

– Convulsão; 

– Problemas no fígado

O Banco de Olhos de Sorocaba (BOS) e o Hospital Oftalmológico de Sorocaba (HOS) ficam localizados na Rua Nabek Shiroma, 210, no Jardim Emília. Mais informações podem ser obtidas pelo site: www.bos.org.br ou pelo telefone: (15) 3212-7000.

Durante o verão, conjuntivite é mais frequente

  • Hábitos comuns durante os dias mais quentes, como o uso de piscinas, de protetor solar, exposição prolongada ao sol e ao ar condicionado podem potencializar o risco de contrair a conjuntivite

 

Dias quentes pedem medidas paliativas para amenizar o calor, como um mergulho na piscina ou ligar o ar condicionado para ter uma noite de sono mais refrescante. Esses hábitos tão comuns durante o verão podem favorecer o aparecimento da conjuntivite, que está dividida em três categorias: alérgica, infecciosa e tóxica (ou química).

De forma geral, os sintomas mais comuns da conjuntivite são olhos vermelhos e lacrimejamento, fotossensibilidade, pálpebras inchadas, prurido (coceira), secreção e sensação de areia nos olhos.

Vários são os agentes causadores da conjuntivite tóxica nesta época do ano, entre eles cremes, soluções e protetores solares que, uma vez em contato com a superfície ocular podem ocasionar abrasões leves e, em casos mais graves, defeitos epiteliais maiores. Além disso, a exposição das estruturas oculares em águas não adequadamente tratadas pode levar a danos na superfície ocular, principalmente quando essa exposição ocorre naqueles pacientes usuários de lentes de contato. 

Essas são as causas mais comuns da conjuntivite tóxica que, embora mais rara, não é contagiosa. “Quando essas substâncias entram em contato com as estruturas oculares, desencadeiam uma resposta de defesa do nosso organismo, manifestada através dos sintomas acima citados. Desse modo, a toxicidade dessas substâncias implica dano à estrutura dos tecidos oculares ou à sua função, podendo vir acompanhando de uma resposta inflamatória”, explica o Dr. Henrique Possebom, oftalmologista do Hospital Oftalmológico de Sorocaba (BOS). 

O tratamento baseia-se em suspender o agente agressor, cessar o uso da substância irritativa e associar lágrimas artificiais sem conservantes. Em casos mais severos pode-se lançar mão de géis lubrificantes e também curativos oclusivos para auxiliar na recuperação da superfície ocular.

Já a conjuntivite alérgica é mais comum em pessoas que já têm predisposição a alergias e que apresentam um quadro de rinite ou sinusite, sendo frequentemente mais sensíveis ao ácaro e ao pólen. “Esse tipo de conjuntivite também não é contagiosa, normalmente ocasiona coceira e vermelhidão nos olhos e o tratamento, nestes casos, consiste no uso de colírios antialérgicos”, explica o médico.

Outra forma de manifestação da conjuntivite é a infecciosa, a forma mais comum da doença, podendo ser transmitida através do contato com as secreções oculares. O hábito adquirido durante a pandemia de COVID-19 de higienizar as mãos com frequência e não tocar partes do rosto é fundamental para evitar o contágio da doença, que pode ser subdividida entre os tipos viral, bacteriana e fúngica. “Os sintomas mais comuns da conjuntivite infecciosa incluem pálpebras grudadas ao acordar, secreção branca ou amarela, lacrimejamento, sensação de areia nos olhos, vermelhidão, coceira, sensibilidade à luz, inchaço, visão embaçada e até sangramentos na conjuntiva”, esclarece o médico.  

Entretanto, alerta Dr. Henrique, é importante lembrar que o diagnóstico da conjuntivite deve ser feito por um médico da área, que indicará o tratamento mais adequado para cada tipo da doença. Sendo assim, a automedicação deve ser evitada, pois o uso de um medicamente não adequado, por exemplo, pode agravar ainda mais a doença.

 

7 recomendações para qualquer tipo de conjuntivite

  1. Higienizar as mãos frequentemente;
  2. Não tocar os olhos com as mãos;
  3. Suspender o uso de lentes de contato;
  4. Manter o ambiente livre de pó;
  5. Não frequentar piscinas;
  6. Não compartilhar maquiagem;
  7. Não utilizar a mesma toalha de banho ou rosto.

 

O Banco de Olhos de Sorocaba (BOS) e o Hospital Oftalmológico de Sorocaba (HOS) ficam localizados na Rua Nabek Shiroma, 210, no Jardim Emília. Mais informações podem ser obtidas pelo site: www.bos.org.br ou pelo telefone: (15) 3212-7000.