Médico oftalmologista explica a importância da conscientização sobre a doença que varia de casos leves à graves e prejudica a visão.
Julho é o mês de conscientização sobre uma doença que muitos não conhecem ou ignoram: a síndrome do olho seco. Sintomas como olhos vermelhos; sensação de areia, ardência; visão embaçada; intolerância à luz (fotofobia), lacrimejamento e dor podem estar presentes.
Dr. André Jerez, médico oftalmologista do Banco de Olhos de Sorocaba (BOS) explica que o quadro é caracterizado pela perda na homeostase da lágrima, ou seja, perda do equilíbrio na sua composição. Isso pode acontecer por três motivos:
- Deficiência na produção de lágrima (olho seco por deficiência aquosa);
- Alterações na composição da lágrima (olho seco evaporativo);
- Por ambas as causas (olho seco misto).
O especialista ressalta que não há predisposição genética para a enfermidade ocular e que diversos fatores de risco podem estar presentes em um mesmo paciente. Sendo estes, modificáveis ou não. Dentre os mais comuns:
- Uso excessivo de telas, pois provocam maior evaporação e menor frequência do piscar;
- Vida urbana: morar em cidades poluídas, uso de ar-condicionado;
- Uso de medicamentos;
- Alterações hormonais;
- Menopausa;
- Cirurgia refrativa prévia;
- Uso de lentes de contato;
- Doenças sistêmicas como artrite reumatoide
- Síndrome de Sjögren
A identificação da doença depende do exame oftalmológico e de exames complementares específicos. O médico ainda alerta que o diagnóstico é de extrema importância, visto que, as consequências podem ser graves. “Quando falamos de olho seco temos um espectro da doença bem variável: Desde casos bem leves, nos quais o diagnóstico é feito sem o paciente ter sintomas, até casos muito graves com quadros de dor severa e incapacitação das atividades diárias”.
A partir do exame clínico associado a exames complementares será avaliado quais tratamentos serão os mais adequados, já que dependem da causa e do nível da doença. O oftalmologista do BOS esclarece que inicialmente podem ser indicados: mudanças dos hábitos de vida, diminuição da exposição as telas, intervalos durante o trabalho, aumento da frequência do piscar, uso de colírios lubrificantes e géis, retirada de medicamentos que possam causar a doença. O uso de outros medicamentos e a realização de procedimentos como luz pulsada, oclusão ponto lacrimal e uso de lentes esclerais, serão indicados de acordo com a indicação clínica e a gravidade da doença.
O Banco de Olhos de Sorocaba (BOS) e o Hospital Oftalmológico de Sorocaba (HOS) ficam localizados na Rua Nabek Shiroma, 210, no Jardim Emília. Mais informações, acesse: www.bos.org.br ou ligue para o telefone: (15) 3212-7000.
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