- André Jerez Rezala, médico oftalmologista do Banco de Olhos de Sorocaba (BOS) – Hospital Oftalmológico de Sorocaba (HOS), fala sobre a doença, que teve aumento dos casos nos últimos anos, e quais as vantagens do novo centro especializado.
Caracterizada por ser uma doença multifatorial, a Síndrome do Olho Seco é gerada por diversas alterações oftalmológicas, ambientais e sistêmicas, que provocam alterações na composição ou produção das lágrimas, prejudicando, assim, a qualidade da superfície ocular. Essa condição, que é alvo de estudos pela oftalmologia, vem apresentando uma incidência e prevalência cada vez maior na sociedade.
Os sintomas da patologia em questão podem variar de acordo com o quadro clínico de cada paciente. “Existem pessoas quem tem uma deficiência na camada aquosa da lágrima, pessoas que têm o filme lacrimal descompensado e aquelas que têm o que chamamos de olho misto, onde há a alteração da qualidade e quantidade da lágrima. Os sintomas são variáveis. As alterações de superfície podem ser encontradas desde pacientes assintomáticos até casos muito graves. Em geral, conforme temos uma piora da superfície ocular, tende-se a observar maiores queixas pelos pacientes. Os sintomas, em geral são desconforto, irritação e fotofobia, até quadros mais agudos, com dor severa, dificuldade em abrir os olhos e limitação funcional pelo quadro” explica Dr. André Jerez Rezala, médico oftalmologista do Banco de Olhos de Sorocaba (BOS) – Hospital Oftalmológico de Sorocaba (HOS).
Com o maior número de estudos e pesquisas, a Síndrome do Olho Seco passou a ter um papel cada vez mais relevante no consultório médico e no meio acadêmico. Um dos principais motivos para o aumento da atuação na área está relacionado ao crescente número de pacientes sintomáticos, e de diagnósticos feitos durante o exame oftalmológico. “Alguns estudos falam de uma prevalência de 60 a 70% de sintomas de olho seco na população estudada. Os motivos disso estão ligados ao envelhecimento da população, mudanças dos hábitos de vida, tanto alimentares, como pessoais e profissionais, maior uso de telas, poluição e outros fatores diversos”, comenta o especialista.
Diante desse cenário, o BOS-HOS investiu em uma estrutura nova e especializada, como forma de amparar, ainda mais, seus pacientes, com o que há de mais novo e avançado no mercado, garantindo os melhores e mais eficazes tratamentos. Com isso, o novo Departamento de Olho Seco foi criado para avaliação, diagnóstico e tratamento dos pacientes, processos que serão realizados por médicos oftalmologistas especialistas.
Dentro da instituição, o tratamento será individualizado. Em geral inicia-se clinicamente e, de acordo com a evolução ou necessidade, acrescentam-se outros dispositivos terapêuticos. “O tratamento dependerá da causa e do quadro clínico do paciente. Quando falamos de tratamento clínico, apresentamos uma gama de diferentes medicamentos relacionados a cada condição. Se necessário podemos utilizar outros recursos como: medicamentos sistêmicos, cirurgias, lentes de contato esclerais e luz intensa pulsada (IPL)” pontua.
Entre os tratamentos cirúrgicos realizados na instituição, destacam-se: a oclusão de ponto lacrimal, cirurgias de correção palpebral e transplante de mucosa salivar. Já, relacionados a lentes de contato, as lentes esclerais apresentam potencial terapêutico e também funcional, ajudando no reestabelecimento visual dos pacientes.
Como última novidade no arsenal terapêutico, a luz intensa pulsada vem apresentando excelentes resultados, nos casos indicados. Além do modulo relacionado ao olho seco, este aparelho também realizará tratamentos dermatológicos ligados à rosácea, alterações pigmentares e estéticas na face.
Outro diferencial do novo centro é o atendimento multidisciplinar em conjunto com um reumatologista, o qual fará a avaliação de pacientes com olho seco secundário a doenças sistêmicas, como artrite reumatoide, Lúpus e Síndrome de Sjogren.
Todos os pacientes passarão por uma triagem de atendimento e, caso o diagnóstico seja positivo, serão avaliados para dar início ao tratamento mais indicado. “Criamos esse departamento, justamente para dar ao nosso paciente o melhor acesso, tanto ao diagnóstico, como ao tratamento: do clínico ao cirúrgico. Esse novo espaço possibilita também que sejamos uma referência no auxílio dos pacientes e, até mesmo, de outros colegas oftalmologistas, oferecendo sempre o melhor tratamento, com a qualidade garantida pelo BOS-HOS, ao longo de todos esses anos de atuação”, finaliza Dr. André.
Mais informações podem ser obtidas pelo site: www.bos.org.br ou pelo telefone: (15) 3212-7000. O Banco de Olhos de Sorocaba (BOS) e o Hospital Oftalmológico de Sorocaba (HOS) ficam localizados na Rua Nabek Shiroma, 210, no Jardim Emilia.