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Cerca de 20% da população mundial sofre com zumbido no ouvido

Novembro Laranja é mês de prevenção ao zumbido no ouvido, à misofinia e à hiperacusia; médicos especialistas do BOS alertam para os sintomas e as consequências deste distúrbio

 

Assim como Setembro já está associado à cor Amarela, em prevenção ao suicídio, e Outubro consagrado com o Rosa da prevenção do câncer de mama, Novembro já se consolidou como o mês Azul da luta contra o câncer de próstata e contra o diabetes. 

Mas Azul não é a única cor que representa este mês. O calendário oficial de lutas e cores prevê, ainda, duas cores diferentes para chamar atenção de dois problemas de saúde igualmente importantíssimos: Dourado, para chamar atenção para o diagnóstico precoce do câncer Infanto-juvenil e Laranja, sobre a Campanha Nacional de Alerta ao Zumbido, que é o som contínuo percebido nos ouvidos ou na cabeça sem um estímulo sonoro externo.

De acordo com o Chefe do Departamento de Otorrinolaringologia do Hospital Oftalmológico de Sorocaba (HOS, do Banco de Olhos de Sorocaba, BOS), Dr. Fábio Lorenzetti, o zumbido é um sintoma multifatorial, ou seja, há múltiplos fatores envolvidos para que este som seja percebido e incomode uma pessoa. Mas a principal causa é a perda de audição. 

O Novembro Laranja é a Campanha Nacional de Alerta ao Zumbido e Hipersensibilidades Auditivas, sendo esta última, correspondente a Misofonia e Hiperacusia (ver quadro). A campanha foi criada em 2006 pela médica otorrinolaringologista, Dra. Tanit Ganz Sanchez, com o objetivo de expandir o movimento de conscientização, conhecimento e acolhimento dos pacientes com zumbido, misofonia e hiperacusia, sintomas que impactam a qualidade de vida de milhões de brasileiros. 

Segundo a OMS, 280 milhões de pessoas lidam com o zumbido, o que corresponde a aproximadamente 20% da população mundial. “O zumbido é um sintoma cada vez mais prevalente na população e, em algumas pessoas, pode incomodar para dormir, para concentrar-se e até para trabalhar, impactando muito na qualidade de vida. Atualmente, há uma rede de profissionais de várias áreas (médicos otorrinolaringologistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, dentistas e psicólogos) em todo o Brasil preparados para tratar este sintoma”, alerta a médica responsável pelo ambulatório de otoneurologia do BOS, Dra. Daniela Vieira Martins. 

A campanha visa a conscientização desses três sintomas, que podem aparecer sozinhos ou em grupo. “São sintomas ainda são pouco conhecidos pelos profissionais de saúde, população e órgãos governamentais, que podem ser amenizados pelos mesmos tratamentos e que incomodam milhões de pessoas que sofrem com a falta de informação, diagnóstico e tratamento adequados”, afirma Dra. Daniela.

Ela explica que o tempo de duração do zumbido é algo extremamente variável, podendo durar segundos, minutos, horas, dias e até muitos anos, assim como pode ser intermitente, ou seja, vai e volta, com fases de melhora ou piora, dependendo da movimentação do pescoço, do aperto dos dentes, da qualidade do sono, do status do humor e até mesmo do ruído. “Há pessoas que percebem mais o zumbido no silêncio e não o percebem quando estão expostas a sons ambientais; há pessoas que percebem uma piora do zumbido quando expostas ao ruído, outras, podem queixar-se que o zumbido é persistente e sem fatores de melhora, durando 24 horas por dia, fato que pode gerar muito incômodo, angústia e piora da qualidade de vida”, esclarece a médica. 

Como o zumbido é um sintoma que envolve múltiplos fatores (audição, áreas do cérebro responsáveis pelas emoções, metabolismo e até mesmo vias musculares), este paciente, inicialmente, deve consultar-se com o otorrinolaringologista para diagnóstico, acolhimento e planejamento do tratamento, o qual, na grande maioria das vezes, envolve uma equipe multidisciplinar com fonoaudiólogos, dentistas, fisioterapeutas, psicólogos e até mesmo outras especialidades médicas. 

O BOS possui uma equipe de médicos otorrinolaringologitas capacitados e atualizados para receber, acolher e planejar o tratamento dos pacientes com zumbido, além de contar com uma equipe de fonoaudiólogos também capacitados para manejo das perdas auditivas e do zumbido. Além disso, a instituição está preparada para realizar exames complementares para avaliação auditiva. 

“Como a perda de audição é a principal causa de zumbido e a população da terceira idade é a mais acometida por esse distúrbio. Porém, é um sintoma que pode estar presente em qualquer faixa etária e gênero”, alerta Dr. Fábio Lorenzetti.

Por isso, a melhor forma de prevenção é o cuidado com a saúde auditiva, já que a perda de audição está muito ligada ao aparecimento de zumbido no ouvido. “Deve-se evitar a exposição a níveis de sons prejudiciais à saúde auditiva: quanto mais alto for o ruído do som, menor deve ser a exposição a este barulho”, orienta o médico. 

QUADRO

 

O que são a Misofinia e a Hiperacusia?

A Misofinia significa intolerância a sons baixos e repetitivos como mastigação, respiração, pigarro, clique de caneta, latidos de cachorro. Prevalente em aproximadamente 14% a 22% da população mundial. 

A Hiperacusia corresponde à intolerância a sons mais altos como conversas, músicas, trânsito, eletrodomésticos ligados e barulho de restaurantes. Prevalente em 8% a 17% da população mundial.  

O Banco de Olhos de Sorocaba (BOS) e o Hospital Oftalmológico de Sorocaba (HOS) ficam localizados na Rua Nabek Shiroma, 210, no Jardim Emília. Mais informações podem ser obtidas pelo site: www.bos.org.br ou pelo telefone: (15) 3212-7000.

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