Para prevenir que a doença não estrague os planos é importante ter alguns cuidados para evitar a infecção
No verão muita gente aproveita para ir às praias, rios, piscinas e em outros lugares com água para se refrescar. Mas apesar de ser uma ótima opção para escapar do calor, é preciso ter alguns cuidados para a diversão não trazer surpresas indesejadas.
Um dos problemas que têm mais incidência no verão é a otite, uma infecção causada por bactérias ou fungos. Flávia Pissini, otorrinolaringologista do Banco de Olhos de Sorocaba (BOS), comenta que como estamos em maior contato com água, o acúmulo de umidade nos ouvidos favorece o aparecimento da doença.
“Na maior parte das vezes, os micro-organismos penetram através de lesões na pele, que recobre a orelha externa provocadas por objetos, como hastes flexíveis, grampos e pelo contato com água contaminada, como mar e piscina. A umidade frequente na orelha favorece o crescimento de bactérias e fungos”, explica Flávia.
Segundo um relatório mundial elaborado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 2,5 bilhões de pessoas viverão com algum grau de perda auditiva no futuro. Por isso, mesmo sendo uma doença de baixa complexidade, é importante se atentar à otite para evitar maiores problemas.
Mas, o que é otite?
Quem nunca mergulhou em uma piscina e sentiu o ouvido entupido? Esse sintoma comum pode ser sinal da otite. Flávia explica que em casos de infecção no ouvido podem aparecer: vermelhidão, calor no local, dor muito forte, diminuição da audição, febre e secreção.
“Deve procurar um otorrinolaringologista sempre que sentir dor ou desconforto nos ouvidos ou diminuição da audição”, aconselha a otorrino.
A otite é caracterizada de duas formas: a externa, uma infecção no canal auditivo que inicia no interior da orelha e vai até o tímpano, e a média, que atinge o ouvido de forma mais profunda, afetando a partir do tímpano até os ossos que fazem parte do ouvido e que enviam os sinais sonoros até o cérebro por meio dos nervos.
O tratamento médico da otite geralmente inclui o uso de analgésicos por via oral, de antibióticos ou antifúngicos em gotas, como medicação tópica.
Prevenção da doença
Para prevenir que a otite não estrague os planos de qualquer passeio é importante que os banhistas estejam atentos e não permaneçam por muito tempo na água. Além disso, deve-se sempre fazer a higiene correta nos ouvidos após os banhos.
“Uma forma efetiva de evitar as otites externas é secar bem os ouvidos após os banhos de chuveiro, mar e piscina, evitar o uso de hastes flexíveis ou qualquer outro objeto nos ouvidos”, comenta Flávia.
A otite também pode surgir devido a inchaços e inflamações no canal auditivo. Para crianças que são muito alérgicas, o inchaço desencadeado por uma crise pode fazer com que as orelhas produzam secreções, que não são adequadamente drenadas, tornando um lugar propício para proliferação de micro-organismos.
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