Uso de lentes de contato requer mais cuidados nos finais de semana

Oftalmologista alerta sobre os riscos e explica como evitar problemas na saúde dos olhos

 

Momentos de descontração podem ser perigosos para quem faz uso de lentes de contato. Isso porque, as pausas no trabalho são muito convidativas para as pessoas saírem da rotina, como irem à praia, frequentarem piscinas ou ficarem longe de casa. Como consequência, se esquecem dos cuidados diários que devem ter com elas.

 

Além de uso incorreto das soluções multiuso, utilizadas para realizar a manutenção das lentes, é importante também a higienização do estojo. Dr. Eduardo Godinho de Sá, médico oftalmologista especialista em córnea e catarata do Banco de Olhos de Sorocaba (BOS) explica que outro fator pode ser prejudicial durante o período: “As pessoas entram mais no mar e na piscina quando estão de férias ou passeando, tornando esses cuidados extras primordiais”.

 

A diversão é boa e a utilização das lentes nessas situações de água não são contraindicadas, como muitos pensam, mas é necessário ficar atento às recomendações do oftalmologista. “Após utilizá-las, as mesmas devem ser retiradas, e colocadas na solução multiuso por 6 horas para limpeza e desinfecção”. Outro ponto importante nesse contexto, é o maior risco de perda, já que as lentes se tornam mais instáveis e podem cair dos olhos. Mas Dr. Eduardo indica que, fora isso, o cronograma de troca pode ser mantido como orientação do fabricante. “Não há necessidade de trocas prematuras ou que essas situações diminuem o prazo de validade”.

 

O especialista ainda revela que mesmo não havendo restrições, o paciente deve redobrar a higiene, mantendo a desinfecção com a solução adequada e dentro do estojo quando não estiver nos olhos. “Sem os cuidados podem surgir alergias e as infecções, sendo que essas podem acarretar perda visual”. Por isso, o médico ressalta a importância de seguir as orientações do oftalmologista e em qualquer intercorrência relacionada ao uso das lentes de contato, procurar atendimento de emergência.

 

 

O Banco de Olhos de Sorocaba (BOS) e o Hospital Oftalmológico de Sorocaba (HOS) ficam localizados na Rua Nabek Shiroma, 210, no Jardim Emília. Mais informações, acesse: www.bos.org.br ou ligue para o telefone: (15) 3212-7000.

Alongamento de cílios vira febre, mas médicos alertam sobre os perigos

Procedimento estético pode causar problemas de visão, por isso, deve-se ficar atento na hora de escolher o profissional

 

O brasileiro já é um dos mais vaidosos do mundo. O país é líder mundial em cirurgias plásticas, segundo a International Society for Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS) e quando o assunto é procedimentos estéticos, fica atrás somente dos Estados Unidos no ranking. São feitos em média 1,5 milhões de serviços todos os anos, conforme dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

 

A moda do momento é deixar os cílios mais alongados, volumosos e impactantes, a chamada extensão de cílios se torna cada vez mais comum entre a população. A técnica consiste na aplicação de cílios sintéticos individualmente ou em pequenos tufos colados na base das pálpebras, bem próximos à pele e ao olho. O resultado pode facilitar o dia a dia, já que é só acordar e já está pronto, sem precisar de maquiagem. Porém, essa busca incessante pela beleza pode ser perigosa para a saúde dos olhos.

 

A médica oftalmologista do Banco de Olhos de Sorocaba (BOS) especialista em Plástica Ocular, Vias Lacrimais e Órbita, Dra. Mariana Saulle, explica que os cílios não são uma questão estética “Eles são o primeiro mecanismo de defesa da superfície ocular e impedem a entrada de poeira e pequenas partículas nos olhos quando as pálpebras estão abertas e quando elas estão fechadas. São uma barreira quase impenetrável”.

 

Por isso, é crucial prezar pela segurança é mais importante que pela elegância “A extensão de cílios deve ser realizada por profissionais experientes que utilizem material de boa qualidade e boa técnica”, explica Dra. Mariana. Ela ainda ressalta que além da escolha do esteticista, quem optar pelo procedimento deve fazer higiene da região palpebral com cautela para remoção de resíduos de maquiagem que se acumulam entre os fios para evitar possíveis problemas de visão.

 

Os riscos que se corre ao não seguir essas orientações são afetar a saúde dos olhos com doenças como Blefarite, Conjuntivite Alérgica, Ceratite, Úlcera de Córnea e até mesmo causar baixa visão, como esclarece a oftalmologista do BOS “Essas alterações ocorrem justamente pela quebra no equilíbrio e proteção natural dos nossos cílios”. A média ainda orienta quem apresentar desconforto ocular, vermelhidão, coceira nos olhos e pele das pálpebras, sensação de areia, embaçamento, dor, secreção, dentre outros sintomas, deve procurar atendimento oftalmológico “O médico fará a orientação para tratamento específico, com a possibilidade de indicação de remoção dos cílios não naturais”.

 

Em casos de urgências, o Banco de Olhos de Sorocaba (BOS) e o Hospital Oftalmológico de Sorocaba (HOS) contam com atendimento 24h de pronto-socorro exclusivo para os olhos e especialistas em córnea e superfície ocular para orientar tratamento adequado em eventuais complicações tanto com as extensões de cílios como maquiagens.

 

 

O Banco de Olhos de Sorocaba (BOS) e o Hospital Oftalmológico de Sorocaba (HOS) ficam localizados na Rua Nabek Shiroma, 210, no Jardim Emília. Mais informações, acesse: www.bos.org.br ou ligue para o telefone: (15) 3212-7000.

BOS inaugura serviço de prescrição de óculos expressa e sem agendamento

O “Poupatempo dos óculos” atenderá pacientes em casos de urgência que precisam uma nova receita das lentes corretivas sem agendamento prévio e com máximo de eficiência.

 

O Banco de Olhos de Sorocaba (BOS) inicia no dia 03 de março mais um serviço diferenciado que visa o bem-estar da população: não será mais um transtorno para o paciente quando perder ou danificar seus óculos. Uma nova receita será prescrita sem agendamento prévio.

 

No “Poupatempo dos Óculos”, uma consulta oftalmológica completa é realizada para prescrição de novas lentes corretivas, com agilidade e sem burocracia. “Os pacientes que dependem de seus óculos para realizar tarefas diárias, serão beneficiados, pois não paralisam suas atividades laborativas, enquanto aguardam por uma consulta de rotina.”, explica Edil Vidal de Souza, Superintendente do Banco de Olhos de Sorocaba.

 

A praticidade e eficiência do Poupatempo dos Óculos se sustentam num tripé: oftalmologista atualizado, equipe treinada e tecnologia de ponta. O aparelho utilizado na consulta é o i.Profiler Plus, que integra as funções de auto-refração (avaliação do grau), aberrometria (avaliação das aberrações do sistema óptico ocular) e topografia corneana (avaliação do filme e da superfície ocular). O diferencial, em relação aos demais equipamentos, é a acurácia em se identificar além dos erros refrativos (miopia, hipermetropia astigmatismo e presbiopia), outras patologias associadas à baixa acuidade

visual, como a catarata e o ceratocone.

 

Para usufruir dessa conveniência, o paciente deve comparecer ao instituto BOS, sem agendamento prévio, de segunda a sexta-feira, das 8h00 às 17h00. Edil complementa “A ideia é que no máximo em uma hora, o paciente passe pelo atendimento de recepção, passe em consulta e saia com a receita do grau em mãos direto para confecção de seus óculos. E assim, possa retomar a sua rotina mais rapidamente”.

 

As consultas desse novo serviço estão disponíveis para os pacientes particulares e dos convênios credenciados. Todo o atendimento é realizado no prédio do Instituto BOS, localizado na Rua Nabeck Shiroma, 205 – Jardim Emília (Sorocaba/SP).

 

O Banco de Olhos de Sorocaba (BOS) e o Hospital Oftalmológico de Sorocaba (HOS) ficam localizados na Rua Nabek Shiroma, 210, no Jardim Emília. Mais informações, acesse: www.bos.org.br ou ligue para o telefone: (15) 3212-7000

Até 30% das crianças podem apresentar alguma alteração no desenvolvimento da linguagem

Além de fatores genéticos, a falta de convívio social e o uso indiscriminado de equipamentos eletrônicos podem estar diretamente relacionados a distúrbios no desenvolvimento da linguagem

 

A volta às aulas presenciais para o ano letivo de 2022 deve incrementar a interação social entre as crianças, um dos fatores primordiais para o desenvolvimento da linguagem de acordo com a Dra. Ana Paula Dualibi, foniatra responsável pelo setor de Otorrinolaringologia Pediátrica e Foniatria do Hospital de Otorrinolaringologia do Banco de Olhos de Sorocaba (BOS).

Porém, ela ressalta que além dos fatores ambientais, fatores genéticos determinam o desenvolvimento da linguagem e, para que esse desenvolvimento ocorra de forma adequada, é necessário que a criança tenha uma integridade neurológica, das estruturas orofaciais e dos aspectos sensoriais, como visão e audição, e um desenvolvimento motor, cognitivo e psíquico adequado.

“Os distúrbios de linguagem são um problema evolutivo bastante frequente entre os pequenos. Estima-se que até 30% das crianças sofram alguma alteração no desenvolvimento da linguagem. E o problema é que essa situação pode progredir com dificuldades de aprendizagem e isso pode gerar alterações no convívio social e até mesmo na vida profissional futura”, alerta a Dra. Ana Paula.

Outro vilão para o desenvolvimento da linguagem é o uso indiscriminado de dispositivos eletrônicos. “A gente os chama de nova chupeta desta geração. Eles estão, sim, relacionados a atrasos no desenvolvimento tanto da linguagem quanto das habilidades sociais, porque eles substituem a interação real com os pais e com outras crianças”, esclarece a médica.

Além dos prejuízos relacionados à linguagem, a criança que faz uso excessivo de dispositivos eletrônicos acaba tendo um comportamento mais sedentário, pode ter alterações relacionadas ao sono e até ressecamento ocular. “Então, o que se recomenda pela Academia Americana de Pediatria e também pela Sociedade Brasileira de Pediatria é que até os 18 meses a criança não faça uso desses equipamentos; entre 18 e 24 meses, apenas quando for muito necessário, com aplicativos de qualidade e com a supervisão e participação dos pais; entre 2 e 5 anos, o uso desses dispositivos deve ser limitado a, no máximo, uma hora por dia, também com aplicativos de qualidade e com supervisão e participação dos pais”, orienta a foniatra.

A médica lembra que é importante que os pais deem o exemplo e se mostrem disponíveis para essa interação. “Não adianta a criança estar fora das telas e os pais estarem o tempo todo conectados no celular. Ao tirar o dispositivo, a gente oferece a oportunidade de a criança se engajar em outras atividades que são muito importantes para o seu desenvolvimento, como brincar e interagir com outras crianças. Isso é fundamental”, completa.

O diagnóstico precoce desses atrasos de linguagem é muito importante porque nos primeiros dois anos de vida da criança há uma grande neuroplasticidade, ou seja, o sistema nervoso central está mais maleável, e é nesse momento que a intervenção pode trazer maiores ganhos no funcionamento e desenvolvimento deste cérebro.

O Ambulatório de Foniatria do BOS faz atendimento para pacientes do SUS. Além disso, o BOS conta com uma equipe de Fonoaudiologia muito capacitada para o atendimento das crianças com problemas no desenvolvimento da linguagem.

“É importante os pais terem consciência que se houver algum atraso na fala da criança eles não devem supor que o filho está com preguiça e esperar que a situação se resolva com o tempo. Eles devem procurar por ajuda médica e fonoaudiológica pois o diagnóstico precoce é fundamental para uma intervenção mais efetiva”, finaliza a médica.

O que é a foniatria?

A foniatria é uma área de atuação da otorrinolaringologia que se dedica ao estudo dos problemas de comunicação e de aprendizagem visando o diagnóstico médico desses distúrbios. Muitas vezes, uma mesma queixa pode ter diversas etiologias. Uma criança com atraso no desenvolvimento de linguagem pode ter uma perda auditiva, por exemplo, ou estar dentro do Transtorno do Espectro do Autismo, ou pode ainda ter esse atraso ligado às más condições ambientais, como excesso de uso de telas ou falta de estimulação. Pela complexidade que é a comunicação humana, é fundamental um trabalho conjunto com equipe multidisciplinar que contemple outras especialidades médicas como a neurologia infantil, a psiquiatria e a genética, além da fonoaudiologia, terapia ocupacional e psicologia.

Fatores tratados pela otorrinolaringologia que podem interferir diretamente no desenvolvimento da linguagem e aprendizagem:

  • qualidade de voz;
  • respiração oral;
  • qualidade de sono;
  • otite secretora;
  • alterações labirínticas;

Como é o desenvolvimento da linguagem da criança?

PRIMEIRO ANO: (entre 12 e 18 meses) aparecem as primeiras palavras

SEGUNDO ANO: começam a formar frases simples, de 2 palavras

TERCEIRO ANO: apresentam discurso que é compreendido por um estranho (apesar de ainda apresentarem trocas e omissões)

QUINTO ANO: já devem conseguir produzir todos os sons da língua portuguesa

 

O Banco de Olhos de Sorocaba (BOS) e o Hospital Oftalmológico de Sorocaba (HOS) ficam localizados na Rua Nabek Shiroma, 210, no Jardim Emília. Mais informações podem ser obtidas pelo site: www.bos.org.br ou pelo telefone: (15) 3212-7000.

Banco de Olhos de Sorocaba (BOS) tem baixa procura de pacientes para avaliação de transplante de córneas

Em 2021, BOS zerou a fila de espera para avaliação de transplante de córnea; atualmente, capacidade do hospital é de realizar mais de 300 transplantes por mês

 

Quando a pandemia de COVID-19 teve início, o BOS tinha mais de 3 mil pedidos de avaliação em espera, número que continuou a aumentar após um período crítico de suspensão de captação de córneas e transplantes e que só foi zerado depois da implantação do sistema de telemedicina para agilizar o atendimento e encaminhamento desses casos.

“Com a criação de protocolos de segurança, conseguimos reverter a situação e, inclusive, em 2021 batemos recorde no número de cirurgias realizadas, com 2.268 transplantes no total. A implantação da telemedicina em junho de 2020 também conseguiu manter a triagem inicial de assistência a esses pacientes, porém, no momento, muitos pacientes não estão conseguindo comparecer ao BOS devido à pandemia”, explica o superintendente do grupo BOS, Edil Vidal de Souza.

Como atualmente não há fila de espera para avaliação inicial de transplantes, ou seja, o paciente entra em contato e já é agendado, o superintendente esclarece que essa situação pode impactar nas equipes médicas e na estrutura para essas cirurgias do hospital de Sorocaba, que poderão ficar ociosas nos próximos meses como consequência dessa baixa procura pela avaliação para a cirurgia. Por isso é tão importante que pacientes de todas as localidades façam o agendamento e passem pela avaliação prévia para receber o transplante. 

O BOS é o maior centro de transplantes da América Latina e oferece uma estrutura diferenciada de atendimento para o transplante de córneas, com Pronto Socorro 24 horas, tecnologia de última geração e equipe especializada, com mais de 50 médicos especialistas disponíveis, além de um serviço exclusivo de teleatendimento para auxiliar os pacientes que residem em locais mais distantes.

Pelo SUS, o BOS pode atender pacientes de todo Brasil. O cadastro para avaliação do transplante de córneas pode ser feito pelo celular, por meio do aplicativo disponível nas lojas Google Play e Apple Store, procurando por “Banco de Olhos de Sorocaba”. Caso não seja possível baixar o App do BOS, basta acessar o site: https://app.bos.org.br – Pacientes e fazer o cadastro, porém, algumas funcionalidades de interação no atendimento só existem no App. Para convênios e particulares, a solicitação para avaliação  pode ser feita pelo whatsapp (15) 3212-7040

Número de pacientes na fila de avaliação para transplante de córneas

2019: 1.940

2020: 2.300

2021: fila de espera zerada para avalição

 

Número de transplantes realizados

2019: 2.137

2020: 1.055

2021: 2.268 (recorde)

 

O Banco de Olhos de Sorocaba (BOS) e o Hospital Oftalmológico de Sorocaba (HOS) ficam localizados na Rua Nabek Shiroma, 210, no Jardim Emília. Mais informações podem ser obtidas pelo site: www.bos.org.br ou pelo telefone: (15) 3212-7000. 

Médica especialista em uveíte do BOS alerta sobre o perigo desta doença, em especial para gestantes

  • Doença pode levar à baixa de visão importante em recém-nascidos e, em alguns casos, pode causar aborto; principal causa da uveíte é a toxoplasmose, que tem altos índices de diagnóstico no Brasil

 

A adoção de hábitos alimentares mais saudáveis pelos brasileiros, em especial nos últimos 20 anos, com o consumo de legumes e vegetais crus, por exemplo, teve um impacto significativo no número de casos de toxoplasmose relatados no país. 

Como consequência, houve um aumento no número de casos de uveíte, uma inflamação ocular que pode ocorrer em qualquer fase da vida e que pode levar a alguns sintomas inespecíficos como vermelhidão, dor e sensibilidade à luz. 

“Muitas vezes o paciente procura um oftalmologista reclamando não somente desses sintomas, mas também de manchinhas no olho e “moscas volantes” (manchas escuras que aparecem no campo de visão e que podem assumir diferentes formas), o que pode configurar um quadro de uveíte”, explica a Dra. Vivian Cristina Costa Afonso, especialista em uveíte e responsável pelo ambulatório de uveíte do SUS no Hospital Oftalmológico de Sorocaba (BOS).

A médica esclarece que, no Brasil, a principal causa de uveíte é a toxoplasmose e que, por ser uma doença de períodos de melhora e piora, se não for tratada, pode levar à baixa de visão importante. 

“A causa mais frequente de uveíte que observamos no ambulatório, tanto de convênio particular quanto no SUS, ainda é a toxoplasmose. Porém, além do aumento de casos de toxoplasmose observado nos últimos anos, tivemos um aumento tão importante e significativo de outras doenças, como por exemplo a sífilis, que também pode acometer o olho e levar à baixa de visão importante”, afirma a Dra. Vivian.

Gestantes devem ter um cuidado redobrado com essa doença, explica a médica especialista, justamente por se tratar de pacientes imunodeprimidas (que estão com o sistema de defesa do organismo enfraquecido) durante a gestação e, por isso, ingerir água ou alimentos contaminados pela toxoplasmose durante esse período pode levar ao diagnóstico de uveíte, que pode ser transmitida ao bebê e acometer a área central da visão. Nestas situações, o bebê pode nascer com cicatrizes, com lesões na área central da visão, o que leva à baixa da visão. 

“Se a contaminação ocorrer durante o primeiro trimestre da gestação, muitas vezes a gestante pode sofrer um aborto. Nas fases mais tardias da gestação, o bebê pode nascer com microcefalia, com alterações oftalmológicas e pode ter uma cicatriz macular congênita, que faz com que ele perca a visão central e tenha baixa de acuidade visual.

Pode acometer um olho ou os dois, daí a importância de não contrair a toxoplasmose durante a gestação, pois é muito perigoso para o feto, ele pode nascer com má formação”, esclarece a Dra. Vivian. 

O BOS oferece um atendimento multidisciplinar à gestante que, além do oftalmologista, será acompanhada por obstetra e pediatra. “Se a gestante tiver qualquer sinal de toxoplasmose, ela pode procurar o Hospital Oftalmológico de Sorocaba, que é aberto 24 horas todos os dias, onde ela será tratada e acompanhada”, explica a médica.

“A toxoplasmose é realmente uma doença muito comum no nosso meio e tivemos alguns anos atrás alguns surtos da doença no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e em São Paulo, na região Sul em geral. Então, precisamos ficar atentos, em especial por ser uma doença da qual não se fala muito”, finaliza a Dra. Vivian. 

 

QUADROS

Como se transmite a toxoplasmose?

A toxoplasmose se transmite principalmente pela ingestão de água contaminada. Esse ainda é o principal meio de contágio da doença atualmente. Mas pode ocorrer o contágio através da comida, com a ingestão de vegetais mal higienizados, carne contaminada, como coração de galinha, carne de carneiro e cordeiro, que devem ser bem cozidos ou pré-congelados. Por isso, é importante sempre beber água filtrada ou água mineral, lavar muito bem os alimentos antes de consumí-los, verificar a procedência da carne e alguns alimentos e, se possível, evitá-los. 

 

Como prevenir a toxoplasmose?

– Consumir apenas carnes bem cozidas; 

– Lavar bem frutas e legumes; 

– De preferência, congelar carnes por 3 dias a 15 graus negativos; 

– Lavar as mãos regularmente, sobretudo depois de manipular alimentos e antes das refeições; 

– Evitar contato com areia de gato, lavar bem as mãos após esse procedimento, sendo que a gestante não deve ter contato com areia de gato; 

– Manter o gato bem alimentado e sem acesso à rua para ele não sair caçar e não se contaminar pela toxoplasmose; 

– Tomar cuidado e evitar acariciar cães que andem soltos pela rua; 

– Ter controle de ratos e insetos e sempre lavar bem as mãos e as unhas após trabalhar com terra, horta ou jardim. 

 

PRINCIPAIS SINTOMAS DA TOXOPLASMOSE NAS GESTANTES E NOS BEBÊS

Nas Gestantes: 

– Vermelhidão no olho; 

– Baixa de visão;

– Desconforto visual;

– Febre; 

– Gânglios aumentados;

– Aumento de fígado e de baço

 

Nos bebês:

– Alteração ocular; 

– Hidrocefalia; 

– Microcefalia; 

– Retardo mental; 

– Convulsão; 

– Problemas no fígado

O Banco de Olhos de Sorocaba (BOS) e o Hospital Oftalmológico de Sorocaba (HOS) ficam localizados na Rua Nabek Shiroma, 210, no Jardim Emília. Mais informações podem ser obtidas pelo site: www.bos.org.br ou pelo telefone: (15) 3212-7000.

Durante o verão, conjuntivite é mais frequente

  • Hábitos comuns durante os dias mais quentes, como o uso de piscinas, de protetor solar, exposição prolongada ao sol e ao ar condicionado podem potencializar o risco de contrair a conjuntivite

 

Dias quentes pedem medidas paliativas para amenizar o calor, como um mergulho na piscina ou ligar o ar condicionado para ter uma noite de sono mais refrescante. Esses hábitos tão comuns durante o verão podem favorecer o aparecimento da conjuntivite, que está dividida em três categorias: alérgica, infecciosa e tóxica (ou química).

De forma geral, os sintomas mais comuns da conjuntivite são olhos vermelhos e lacrimejamento, fotossensibilidade, pálpebras inchadas, prurido (coceira), secreção e sensação de areia nos olhos.

Vários são os agentes causadores da conjuntivite tóxica nesta época do ano, entre eles cremes, soluções e protetores solares que, uma vez em contato com a superfície ocular podem ocasionar abrasões leves e, em casos mais graves, defeitos epiteliais maiores. Além disso, a exposição das estruturas oculares em águas não adequadamente tratadas pode levar a danos na superfície ocular, principalmente quando essa exposição ocorre naqueles pacientes usuários de lentes de contato. 

Essas são as causas mais comuns da conjuntivite tóxica que, embora mais rara, não é contagiosa. “Quando essas substâncias entram em contato com as estruturas oculares, desencadeiam uma resposta de defesa do nosso organismo, manifestada através dos sintomas acima citados. Desse modo, a toxicidade dessas substâncias implica dano à estrutura dos tecidos oculares ou à sua função, podendo vir acompanhando de uma resposta inflamatória”, explica o Dr. Henrique Possebom, oftalmologista do Hospital Oftalmológico de Sorocaba (BOS). 

O tratamento baseia-se em suspender o agente agressor, cessar o uso da substância irritativa e associar lágrimas artificiais sem conservantes. Em casos mais severos pode-se lançar mão de géis lubrificantes e também curativos oclusivos para auxiliar na recuperação da superfície ocular.

Já a conjuntivite alérgica é mais comum em pessoas que já têm predisposição a alergias e que apresentam um quadro de rinite ou sinusite, sendo frequentemente mais sensíveis ao ácaro e ao pólen. “Esse tipo de conjuntivite também não é contagiosa, normalmente ocasiona coceira e vermelhidão nos olhos e o tratamento, nestes casos, consiste no uso de colírios antialérgicos”, explica o médico.

Outra forma de manifestação da conjuntivite é a infecciosa, a forma mais comum da doença, podendo ser transmitida através do contato com as secreções oculares. O hábito adquirido durante a pandemia de COVID-19 de higienizar as mãos com frequência e não tocar partes do rosto é fundamental para evitar o contágio da doença, que pode ser subdividida entre os tipos viral, bacteriana e fúngica. “Os sintomas mais comuns da conjuntivite infecciosa incluem pálpebras grudadas ao acordar, secreção branca ou amarela, lacrimejamento, sensação de areia nos olhos, vermelhidão, coceira, sensibilidade à luz, inchaço, visão embaçada e até sangramentos na conjuntiva”, esclarece o médico.  

Entretanto, alerta Dr. Henrique, é importante lembrar que o diagnóstico da conjuntivite deve ser feito por um médico da área, que indicará o tratamento mais adequado para cada tipo da doença. Sendo assim, a automedicação deve ser evitada, pois o uso de um medicamente não adequado, por exemplo, pode agravar ainda mais a doença.

 

7 recomendações para qualquer tipo de conjuntivite

  1. Higienizar as mãos frequentemente;
  2. Não tocar os olhos com as mãos;
  3. Suspender o uso de lentes de contato;
  4. Manter o ambiente livre de pó;
  5. Não frequentar piscinas;
  6. Não compartilhar maquiagem;
  7. Não utilizar a mesma toalha de banho ou rosto.

 

O Banco de Olhos de Sorocaba (BOS) e o Hospital Oftalmológico de Sorocaba (HOS) ficam localizados na Rua Nabek Shiroma, 210, no Jardim Emília. Mais informações podem ser obtidas pelo site: www.bos.org.br ou pelo telefone: (15) 3212-7000. 

Dia Mundial do Braile

Apenas 1% dos livros publicados no Brasil são em braile

  • Dia 4 de janeiro comemora-se o dia mundial do braile; no Brasil, ainda há muito a ser feito quanto à alfabetização e difusão desse sistema de comunicação

Na próxima terça-feira, 4 de janeiro, comemora-se o dia mundial do braile. O objetivo da data é chamar a atenção da sociedade sobre a importância da inclusão social aos deficientes visuais, sobretudo na escrita e no acesso aos livros.

A data ganha um peso ainda maior quando se trata de Brasil. Por aqui, apenas 1% dos títulos comerciais são publicados em braile, explica Renata Millego Campoi Martins, coordenadora pedagógica da Asac (Associação Sorocabana de Atividades para Deficientes Visuais), administrada pelo Banco de Olhos de Sorocaba (BOS).

“É direito do estudante com deficiência visual ter acesso aos materiais adaptados, segundo a Lei nº 7853/89. Os que estão estudando recebem os livros didáticos em braile, mas apenas 1% dos outros títulos são impressos para deficientes visuais”, lamenta a coordenadora pedagógica.

De acordo com os dados oficiais mais recentes sobre deficientes visuais no Brasil, do Censo de 2010, cerca de 46 milhões de brasileiros possuíam algum tipo de deficiência visual naquele período, ou seja, cerca de 24% da população tinham alguma dificuldade para enxergar. Desses 24%, se considerados aqueles que não conseguiam ver de forma alguma ou que tinham grande dificuldade, o índice caía para 3,4%, o equivalente a 6,5 milhões de pessoas. Desse total, 582,6 mil eram incapazes de enxergar.

É o caso de Luiz Carlos Queiros Junior, deficiente da categoria baixa visão, que há três anos e meio trabalha no BOS e recentemente foi transferido para a recepção da Asac. Ele conta que começou a aprender braile no final de 2013, na Asac, o que facilitou muito na sua independência do dia-a-dia. “Antes eu abria a caixa de remédios, por exemplo, e não sabia identificar qual eu precisava tomar. O braile me possibilitou essa autonomia, essa liberdade”, comemora Luiz. 

A ASAC existe desde 1969 e hoje é referência para habilitação e reabilitação de pessoas com deficiência visual. As aulas de braile foram instituídas no ano de 1987 e atualmente a instituição atende 32 pessoas para alfabetização nesse sistema. 

Cada assistido tem as aulas uma vez por semana, em grupos ou individualmente. A Asac oferece materiais que são exclusivos para a escrita e leitura em braile, como a máquina de datilografia, regletes, folhas com gramatura especial, impressora e livros.

Renata conta que o tempo de aprendizado do braile varia de pessoa para pessoa, dependendo de suas experiências, estímulos e motivação. “No caso da escrita braile, o entendimento é mais rápido (desde que não tenha outra deficiência associada), por volta de um mês. Já a leitura é algo constante, necessitando muito treino para se tornar dinâmica. É como a escrita e a leitura convencional: quanto mais você tem experiências, conhecimentos, treinos, práticas, melhor você lê”, esclarece a coordenadora pedagógica.

Para estimular a prática da leitura, a ASAC oferece um acervo com mais de mil livros, aberto à população em geral, onde é possível encontrar autores como Graciliano Ramos, Raquel de Queiroz, Carlos Drummond de Andrade, Monteiro Lobato e Machado de Assis. “Utilizamos o sistema de empréstimo de livros, seja em braile ou em áudio livro, por um período de um mês, podendo este período ser prorrogado”, conta. 

Outra opção para o empréstimo gratuito é a Biblioteca de São Paulo Louis Braille, aonde o livro é enviado ao solicitante (tem que ter um cadastro prévio) e depois este é retornado pelo cecograma de forma gratuita.

“Interação, aprendizagem, relacionar-se e competição são condições que o deficiente visual terá utilizando-se de oportunidades (que nós, família e sociedade proporcionamos) de forma a avançar no desenvolvimento de suas capacidades e potencialidades, com vista ao exercício de sua cidadania. Portanto, celebrar este dia é de suma importância e, que mais pessoas possam tomar contato e ter acesso ao Sistema Braille”, finaliza Renata.

 

CURIOSIDADES SOBRE O BRAILLE

– O braile utiliza a combinação de seis pontos que formam 63 caracteres em relevo;

– A cela braile é formada por duas colunas de três pontos;

– Há combinações para a representação de letras, números, símbolos científicos, notas musicais, fonética e informática;

– O braile é utilizado por pessoas cegas ou com baixa visão, e a leitura é feita da esquerda para a direita, utilizando-se uma ou ambas as mãos;

– Cada página em tinta corresponde a aproximadamente três páginas em braile;

– O braile também pode ser escrito à mão, utilizando uma ferramenta chamada reglete e outra chamada punção, que funcionam como caderno e caneta;

– A escrita manual deve ser feita da direita para a esquerda para garantir o relevo ao virar o papel que foi puncionado;

 

O Banco de Olhos de Sorocaba (BOS) e o Hospital Oftalmológico de Sorocaba (HOS) ficam localizados na Rua Nabek Shiroma, 210, no Jardim Emília. Mais informações podem ser obtidas pelo site: www.bos.org.br ou pelo telefone: (15) 3212-7000.